Norma Fernandes de Souza Martins (F)
CEO and Founder
Na minha jornada como mulher, os números não mentem: as mulheres são vilipendiadas, massacradas e abusadas. Enquanto profissionais os números também não mentem, porque efetivamente ganhamos menos. Essas características objetivas e esses vestígios externos nos dão a autoridade de dizer: direitos devem ser entregues igualmente. Nesse momento profissional eu sinto que muita coisa já mudou, e que bom que mudou, mas foi muito pouco. A caminhada é muito árdua, porque não são todas as mulheres que têm autoridade para falar o que eu posso falar e ser ouvida. a grande maioria é calada por um velado tabu que as próprias mulheres também incorporam, de que mulher precisa ser uma boa mãe, uma boa esposa e três vezes melhor profissional para estar no mesmo patamar do masculino. A minha fala deve ser ouvida por mulheres como o grito de uma mulher que venceu, e precisa passar por esse mundo e mostrar a quem está começando que todos podem fazer diferença. E nessa jornada, o que a gente precisa fazer? a gente precisa se aliar, fazer parcerias, buscar o que já tem pronto, e caminhar. eu penso que a vida ela é movimento, e dentro deste movimento onde nós vamos aperfeiçoando, errando, caindo, levantando. Nós não queremos nada, nem trocar pneu de carro, mas eu quero os direitos que estão formatados pela dignidade da pessoa humana, pelo estado democrático de direito, e eu vou buscá-los.